quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Artista...ou arteira!



Essa é a "arte" que fiz na tarde de ontem, naqueles hiatos de folga ao longo do expediente!
Parece coisa de criança, eu sei! Mas...e daí?!
Quando a gente está amando, tudo ganha um novo sentido!

Paz e bem!



Quando estava de férias, quis aproveitar para ler um pouco mais. Por indicação do Lê (Oi Lê, você me lê??? rsrs) resolvi ler Lya Luft. Não achei o 'Perdas e Danos', mas a Déia me emprestou o seu 'Pensar é transgredir' (vou devolver, prometo..mas antes reemprestei à outra amiga....). Um livro gostoso de ler, com contos curtinhos. ma.ra.vi.lho.so!! Gosto do jeito da Lya escrever. Tem um conto em particular, que me chamou atenção. Eu o li num sábado de manhã. Amo os sábados, sobretudo os sábados de manhã. Me parecem sempre frescos, alegres. Talvez por ser um dia dedicado à Nossa Senhora, a mãezinha do Céu que eu tanto amo. Também porque é um dia livre, de descanso, de cuidar de si e da casa, de dormir mais e também sair sem se preocupar com o dia seguinte, ouvir música, tocar violão...O conto enfeitou o sábado, e me trouxe presente muitas pessoas que convivi e que amo de montão. Sabe quando a gente lê algo e pensa: queria que tal pessoa lesse isso..? Então! O conto me fez abraçar algumas amigas que naquela hora estavam fisicamente longe, mas sempre presentes no meu coração. Falo da Iza, da Clara, da Lu, da Paty, da Rê, da Dri, da Chris, da Mari, e também do Dani, do Dal, enfim...pedaços de mim.

Achei o texto na net. Vou deixar aqui, inteirinho como a Lya escreveu, sem cortes, da mesma forma que o meu coração é de vocês.

bjocas

"Não lembro em que momento percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós mesmos — para não morrermos soterrados na poeira da banalidade embora pareça que ainda estamos vivos.
Mas compreendi, num lampejo: então é isso, então é assim. Apesar dos medos, convém não ser demais fútil nem demais acomodada. Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o que acontece: porque a vida não tem de ser sorvida como uma taça que se esvazia, mas como o jarro que se renova a cada gole bebido.
Para reinventar-se é preciso pensar: isso aprendi muito cedo.
Apalpar, no nevoeiro de quem somos, algo que pareça uma essência: isso, mais ou menos, sou eu. Isso é o que eu queria ser, acredito ser, quero me tornar ou já fui. Muita inquietação por baixo das águas do cotidiano. Mais cômodo seria ficar com o travesseiro sobre a cabeça e adotar o lema reconfortante: "Parar pra pensar, nem pensar!"
O problema é que quando menos se espera ele chega, o sorrateiro pensamento que nos faz parar. Pode ser no meio do shopping, no trânsito, na frente da tevê ou do computador. Simplesmente escovando os dentes. Ou na hora da droga, do sexo sem afeto, do desafeto, do rancor, da lamúria, da hesitação e da resignação.
Sem ter programado, a gente pára pra pensar.
Pode ser um susto: como espiar de um berçário confortável para um corredor com mil possibilidades. Cada porta, uma escolha. Muitas vão se abrir para um nada ou para algum absurdo. Outras, para um jardim de promessas. Alguma, para a noite além da cerca. Hora de tirar os disfarces, aposentar as máscaras e reavaliar: reavaliar-se.
Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto.
Somos demasiado frívolos: buscamos o atordoamento das mil distrações, corremos de um lado a outro achando que somos grandes cumpridores de tarefas. Quando o primeiro dever seria de vez em quando parar e analisar: quem a gente é, o que fazemos com a nossa vida, o tempo, os amores. E com as obrigações também, é claro, pois não temos sempre cinco anos de idade, quando a prioridade absoluta é dormir abraçado no urso de pelúcia e prosseguir, no sono, o sonho que afinal nessa idade ainda é a vida.
Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar.
Compreender: somos inquilinos de algo bem maior do que o nosso pequeno segredo individual. É o poderoso ciclo da existência. Nele todos os desastres e toda a beleza têm significado como fases de um processo.
Se nos escondermos num canto escuro abafando nossos questionamentos, não escutaremos o rumor do vento nas árvores do mundo. Nem compreenderemos que o prato das inevitáveis perdas pode pesar menos do que o dos possíveis ganhos.
Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história. O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.
Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada.
Parece fácil: "escrever a respeito das coisas é fácil", já me disseram. Eu sei. Mas não é preciso realizar nada de espetacular, nem desejar nada excepcional. Não é preciso nem mesmo ser brilhante, importante, admirado.
Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança.
Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade.
Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for.
E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer."

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Os seis GRANDES perigos que atacam e destroem a vida em nós




Os seis GRANDES perigos que atacam e destroem a vida em nós:
rotina, mediocridade, omissão, apego, preocupação e idolatria


O primeiro deles é «a rotina». «É a preguiça, pois a rotina torna a vida sem graça, monótona, sem expectativa de melhoria e de transformação. A rotina é a morte do cotidiano, o desprezo dos valores e das maravilhas. É um caminho destrutivo», destaca.

Em segundo lugar a mediocridade. «A pessoa medíocre não quer saber de estudo, da participação, de transformação. Vive na alienação, contenta-se com o menos, não quer compromisso.» «Faz um 'pacto com mediocridade', isto é, com uma vida sem sacrifício, sem lutas, sem responsabilidade com muita indiferença e desinteresse. A pessoa medíocre é inimiga da disciplina e do sacrifício, gosta de gabar-se de seus pecados e de criticar e diminuir os outros. Desposa a superficialidade.
A mediocridade pode ser curada com a força de vontade, buscando convicções e mudanças construtivas.

Em terceiro lugar: «as omissões». «Omissão é deixar de fazer o que devemos e podemos, como também, fazer mal o que podemos fazer de um modo bem melhor».
«A omissão é escape, fuga, desinteresse, irresponsabilidade. O mundo seria outro, se não fôssemos omissos e acomodados».
As omissões podem ser vencidas «adquirindo o senso de justiça, a sensibilidade pelos outros, a compaixão pelo irmão e principalmente a autenticidade».

Segue-se «o apego», «raiz do sofrimento moral». «Nossas brigas, ciúmes, discórdias, divisões são frutos do apego. Quem é apegado vive numa prisão. É escravo da dependência. Não tem liberdade interior. Não é capaz de discernimento».
«O apego nos impele à posse dos outros, das coisas e de nós mesmos. Isso gera muito sofrimento porque precisamos defender nossos apegos. Quando perdemos o objeto do apego ficamos raivosos, tristes, decepcionados, porque somos escravos, dependentes, condicionados pelo apego.»
O único caminho de libertar-se do apego «é abandonar o objeto de apego, cuja recompensa é a liberdade interior, que significa sermos livres do mal, para nos tornamos livres para a prática do bem. Vencemos o apego pela consciência do seu negativismo».

Em quinto lugar, o perigo da preocupação. «A preocupação antecipa problemas, aumenta as dificuldades, desgasta as pessoas e não resolve nenhum problema».
«O que resolve é a ocupação. Além de prejudicar a saúde, a preocupação dificulta a convivência, alimenta o negativismo, o stress e agressividade. Resolvemos o problema da preocupação com a fé na Providencia Divina, com a previsão das soluções, com o bom senso e o discernimento. Mais solução, menos preocupação»!

Por último: o perigo da «idolatria». «É tudo o que colocamos no lugar de Deus e endeusamos. Os grandes ídolos hoje são o poder, o prazer, o ter desordenados».
«Quem adora a Deus obedece o mandamento do amor a Deus, busca crescer na fé, livra-se dos ídolos. Adorar em espírito e verdade.

(D. Orlando Brandes, Arcepispo de Londrina/ PR- Brasil)

Tá, eu sei que faz um tempinho que não estou escrevendo. Como diz Adélia Prado: "Não tenho tempo para mais nada, ser feliz me consome..." (podem entender literalmente!!) mas ler este texto de D.Orlando foi um estalo!
Bjocas