terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O vento da vida pôs-te ali...







Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.

Pablo Neruda
Neruda, ah Neruda ... tão lindamente cantas o amor (com uma precisão metafórica inigualável) que me faz crer que não há um homem sequer neste mundo que não tenha descoberto e experimentado dentro de si, da forma que for, a poesia. Mesmo que esta jamais venha a ser dada à luz...

Um comentário:

Beatrice Monteiro disse...

"Aqui no coração", eu sinto o mesmo quando leio as palavras de Neruda.